Professora é homenageada por contribuição a espectrometria de massa

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Professora Maria Fernanda Gine Rosias

Durante o 4º. Congresso Brasileiro de Espectrometria de Massas (4º. BrMASS), realizado entre os dias 10 e 13 de dezembro, no hotel The Royal Palm Plaza, em Campinas, a professora Maria Fernanda Georgina Gine Rosias, da seção de Química Analítica do Centro Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), foi um das homenageadas com a medalha BrMASS, maior honraria concedida pela Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas.

O prêmio tem a finalidade de homenagear os pioneiros da Espectrometria de Massa (MS) no Brasil, além de nomes de grande destaque na área, que ajudaram a criar, consolidar e projetar a MS, no Brasil e no mundo, bem como instituições de fomento à pesquisa.

Criado em 2005 e estando apenas em sua quarta edição, o congresso bienal da BrMASS já se consolidou com um dos principais eventos mundiais em espectrometria de massas. Com o intuito de promover intercâmbio entre os especialistas e usuários da técnica no Brasil, neste ano o evento contou com a participação de pesquisadores e profissionais de todo o mundo, totalizando quase 900 congressistas.

Engenheira Civil Industrial, com menção em Química pelo Universidad Católica de Chile, a professora Maria Fernanda ingressou no mestrado em Ciências, do Cena/USP, em 1977. Durante o programa de doutorado em 1980 já lecionava aulas de MS para o Curso de
Introdução à Energia Nuclear na Agricultura (Ciena).

Desenvolvida desde 1919, a espectrometria de massa permite identificar os diferentes isótopos que compõe uma substância. Dentre os vários tipos de espectrômetros, há o ICP-MS, um dos mais utilizados para análise elementar. “Em 1985, o pesquisador Sam Houk apresentou essa inovação durante seu doutorado e já em 1987, estando em Toronto, participando do Colloquium Spectroscopicum Internationale, visitei a fábrica da Sciex, onde construíram o primeiro equipamento”, relata a professora.

O ICP-MS é método de análise multielementar para quantificação de baixas concentrações num pequeno volume de amostra, sendo possível analisar simultaneamente de 20 a 30 elementos. “O equipamento se constitui numa fonte de plasma que produz um gás de amostra contendo os íons dos elementos que são conduzidos para o espectrômetro de massa”, esclarece.

No ano de 1992 foi convidada para a Winter Conference on Plasma Spectrochemistry, onde no curso ministrado por Sam Houk, aprendeu as bases do ICP-MS. “Voltei ao Brasil e apresentei o projeto para adquirir o primeiro ICP-MS no Cena, visando a substituição dos isótopos radioativos pelos isótopos estáveis nos estudos agronômicos. O equipamento também ajudou a disseminar o conhecimentos da técnica através de aulas na disciplina de pós-graduação”, recorda.

Posteriormente, um segundo ICP-MS foi adquirido pelo do Cena, em projeto realizado pelo professor Cassio H. Abreu Jr., para aplicações na fertilidade do solo e nutrição de plantas.

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