Aluno do Cena ficará um ano em Harvard

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Francisco Fujita de Castro Mello

Francisco Fujita de Castro Mello é doutorando no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), porém irá passar os próximos 12 meses em Cambridge, nos Estados Unidos. O aluno teve seu projeto de tese de doutoramento selecionado para integrar o programa de Ciência da Sustentabilidade da Universidade de Harvard, no qual participará de discussões científicas, debates e diversos outros aspectos que o programa da renomada Universidade oferece.

A pesquisa se refere à mudança do uso da terra e a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) resultantes da expansão do cultivo da cana-de-açúcar para produção de etanol na região centro-sul do Brasil e vem sendo desenvolvido no Laboratório de Biogeoquímica Ambiental do Cena sob a orientação do professor Carlos Clemente Cerri.  “Acredito que a dimensão do estudo chamou a atenção dos avaliadores”, disse com humildade o aluno que é agrônomo de formação e que foi um dos 12 selecionados num montante que superou mais de 200 trabalhos enviados do mundo todo.

“Até o momento, localizamos cerca de 100 áreas de estudo distribuídas ao longo dos Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais. Esperamos que os resultados gerados por este projeto de pesquisa permitam desenvolver fatores de mudança de uso da terra no que se refere ao cultivo da cana-de-açúcar, que permitirão quantificar o potencial de sequestro de carbono dos solos”, explicou Mello ao justificar que o Programa de Ciência da Sustentabilidade da Universidade de Harvard é voltado para ações de ensino e intervenções sobre os desafios do desenvolvimento sustentável.

Os resultados deste projeto de pesquisa devem fornecer informações importantes que poderão ser utilizadas como base científica pelos tomadores de decisão do agronegócio de forma que a expansão do cultivo da cana-de-açúcar possa ocorrer gerando o mínimo impacto ao meio ambiente. “A expansão do cultivo da cana-de-açúcar poderia ter um impacto significativo no que se refere a emissão de GEE caso ocorra sobre áreas de vegetação nativa. No Brasil a situação predominante é a substituição de pastagens e de áreas degradadas, o que pode acarretar num baixo impacto, e que poderia ser revertido durante o primeiro ciclo de implantação da cultura devido a redução de emissões de GEE que o uso do etanol de cana-de-açúcar representa com relação ao uso dos combustíveis fósseis”.

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