Alex Krusche e Jeffrey Richey, pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), tiveram o artigo Degradação de macromoléculas de origem terrestre no Rio Amazonas (Degradation of terrestrially derived macromolecules in the Amazon River) publicado na revista inglesa Nature Geoscience, uma das mais respeitadas publicações da área científica.
Publicado em parceria com outros sete estudiosos da área, o artigo relata o monitoramento, durante um ano, da degradação de macromoléculas de origem terrestre no Rio Amazonas, especialmente a lignina e a celulose, e seus produtos de degradação em amostras de água provenientes da foz do rio, utilizando a cromatografia gasosa e espectrometria de massa.
Os experimentos mostraram que a lignina e outros 95 compostos fenólicos desaparecem após alguns dias de incubação à temperatura ambiente do rio, comprovando a degradação biológica. O resultado mais surpreendente do estudo é que a remineralização desta fração da matéria orgânica, antes considerada bastante refratária nos rios, pode ser responsável por algo em torno de 75% da produção de dióxido de carbono (CO2) observada nestas águas.
“Portanto, a saturação de CO2 das águas dos rios da Amazônia e os elevados fluxos evasivos deste gás podem ter um componente de origem terrestre muito importante”, conclui Krusche.
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