Fapesp expande pesquisas sobre mudanças climáticas

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O Programa Fapesp de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) – RPGCC em inglês -, que já investiu US$ 30 milhões em projetos de pesquisa com  duração de até seis anos, pretende ampliar de 40 para até 60 projetos apoiados até março de 2012. As pesquisas serão desenvolvidas por pesquisadores ligados a instituições do Brasil e em colaboração com instituições como o Natural Environment Research Council (Nerc), do Reino Unido, um dos organismos que compõem os Research Councils UK – que mantêm acordo com a Fapesp desde setembro de 2009 –, Agence Nationale de La Recherche (ANR), da França e Interamerican Institute for Global Change Research (IAI), organização intergovernamental apoiada por nove países nas Américas.

O anúncio foi feito pelo coordenador do RPGCC, Reynaldo Victoria, durante o primeiro dia do simpósio Fapesp Week, que promove o debate sobre temas avançados de pesquisa científica e tecnológica entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos, em Washington DC, de 24 a 26 de outubro.

“Estamos procurando adequar os temas dos projetos para cobrir áreas ainda não contempladas, induzindo pesquisas sobre saúde, paleoclima e o papel do Atlântico Sul nas Mudanças Climáticas”, afirmou o professor do Centro de Energia Nuclear Aplicada à Agricultura (Cena/USP).

Victoria relatou metas dos 21 projetos em andamento desde o início de 2009 e previu também um esforço para ampliar o número de acordos com organizações internacionais. Hoje, o Programa mantém cooperação com 21 instituições de pesquisa no mundo e também com as Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados do Rio de Janeiro e Pernambuco.

“Um dos objetivos centrais é construir e colocar em operação até 2014 o Brazilian Model of the Global Climate System, com foco na Amazônia e Atlântico Sul”, previu Victoria. “Queremos responder ao desafio sobre como os países poderão se desenvolver de forma sustentável no século 21”, concluiu.

O RPGCC foi lançado pela Fapesp em 2008 com o objetivo de avançar o conhecimento científico sobre as consequências das mudanças climáticas e ambientais. Entre os temas de interesse, com ênfase na biodiversidade, dos projetos que poderão ser desenvolvidos em colaboração estão os efeitos das mudanças sobre a saúde humana, o equilíbrio da radiação na atmosfera, emissões e mitigação de gases de efeito estufa e funcionamento de ecossistemas.

Fonte: Agência Fapesp