Laboratório de Nutrição Animal do Cena/USP tem 6 pós-doutorandos

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alunos LAMA

Os seis pós-doutorandos do professor Adibe Luiz Abdalla tem pouco em comum além do mesmo supervisor e de todos pesquisarem no Laboratório de Nutrição Animal (Lana), do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), onde, praticamente, todos os projetos são voltados para a produção de alimentos de forma sustentável.

Alessandra de Cassia Romero, Bernardo Berenchtein, Cristiane Prezotto Silveira, Leticia Abreu Faria, Patricia Pimentel Righeto e Ronaldo Carlos Lucas têm formações distintas, mas as ambições são parecidas e todos pretendem continuar atuando na área científica, tanto pesquisando como seguindo em uma carreira acadêmica.

“Optei por fazer o pós-doutoramento porque é uma excelente opção para quem deseja prosseguir aprimorando sua linha de pesquisa. O tempo despendido no laboratório me permite adquirir mais experiência na condução do meu projeto e no ‘fazer ciência’”, explicou Alessandra, que é formada em Ciências dos Alimentos.

Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Alessandra tem como objeto de estudo a ‘Análise de gossipol em coprodutos da indústria algodoeira e em produtos de origem animal destinados à alimentação humana’. “Pela agência financiadora, tenho prazo de dois anos para concluir minhas analises, com possibilidade de prorrogação por até mais 12 meses”, concluiu.

Geralmente os cursos de pós-doutoramento duram 24 meses, sendo prorrogável por mais um ano, mas isso depende do tipo da bolsa de estudos e da agência de fomento. No caso da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que possui o Programa Nacional de Pós Doutorado (PNPD), a duração é de 60 meses.

Cristiane está inserida nesta modalidade da Capes, que financia pesquisadores para participar do programa de estágios pós-doutorais, com o projeto ‘Biologia molecular na identificação, caracterização fisiológica e expressão gênica de plantas, micro-organismos ruminais e de solo’.

“A vantagem do pós-doutoramento é a ausência de cursar as disciplinas e as atividades são mais práticas, como a realização de experimentos e análises laboratoriais, os quais dão subsídio para a escrita dos artigos científicos e sua posterior publicação. Também lemos artigos científicos, escrevemos relatórios e, às vezes, auxiliamos o professor em alguma disciplina”, afirmou a agrônoma formada.

Já Bernardo, que é zootecnista por formação, seguiu seu planejamento acadêmico com ênfase na produção e nutrição de suínos e vem dando sequência ao pós-doutoramento com a mesma linha de pesquisa, estudando a ‘Avaliação in vitro e in vivo de dietas fibrosas para suínos em terminação’.

“O pós-doutorado é uma sequência lógica ao processo de mestrado e doutorado que venho utilizando para aumentar ainda mais a gama de práticas a serem desenvolvidas no laboratório, agregando ainda a experiência dos professores envolvidos na pesquisa”, informou o bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Também bolsista do CNPq, Letícia estuda conteúdos referentes aos assuntos relacionados a metodologia de sua área de pesquisa, que é intitulado ‘Biofortificação agronômica de Brachiaria brizanta Stapf. cv Marandu com selênio aplicado à uréia’.

“No ambiente laboratorial há um dinamismo e multidisciplinaridade entre os assuntos pesquisados que permite uma maior amplitude de conhecimentos”, explicou a zootecnista que é mestre em qualidade e produtividade animal e doutora em solos e nutrição de plantas. “Outra importante razão para seguir o pós-doutoramento é à demanda por esse título em concursos para cargos como o de pesquisador e de docência”, completou.

O quinto pós-doutorando do Laboratório de Nutrição Animal, do Cena/USP, é Ronaldo Carlos Lucas, que estuda a ‘Dinâmica de gases de efeito estufa em sistemas de produção pecuária do bioma amazônico’ “Meu projeto visa à adoção de tecnologias ecoeficientes com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa na região”, explicou o pesquisador que também possui bolsa da Capes.

“Como a comunidade científica nacional está empenhada em avaliar, nos sistemas agropecuários, as emissões de gases de efeito estufa (GEE), procuro estudar sistemas de produção, tendo como referência áreas de vegetação natural”, completou.

Já Patricia tem como pesquisa o uso de resíduos de curtume como fonte proteica na alimentação de monogástricos. “Os monogástricos são animais não ruminantes, ou seja, que apresentam um estômago verdadeiro, como os suínos”, exemplificou a agrônoma.

Após o mestre em agronomia pela Esalq, e o doutorado em Ciências, pelo Cena/USP, mesmo ainda estando sem bolsa, Patricia optou pelo pós-doutoramento para se aperfeiçoar na área de pesquisa e ensino. 

“Meu projeto visa desenvolver um processo que valorize a reutilização dos resíduos de curtume por meio da recuperação e regeneração das proteínas existentes a utilização como matéria prima destinada à alimentação animal”, concluiu.

“De uma forma geral, as pesquisas do Lana visam identificar fatores que afetam a produtividade agropecuária e sua interação com o ambiente, provendo informações científicas para a sustentabilidade do setor”, afirmou Adibe Luiz Abdalla que também é responsável pelo laboratório.

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