Doutoranda de Portugal desenvolve procedimento para detectar adulteração no leite

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Susana Patrícia Fontes da Costa, da Faculdade de Farmácia do Porto

Susana Patrícia Fontes da Costa, da Faculdade de Farmácia do Porto

Por meio de projeto de convênio científico binacional, existente entre a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade do Porto (UP), a pesquisadora Susana Patrícia Fontes da Costa, da Faculdade de Farmácia-UP, está em estágio nos laboratórios de Química Analítica e de Ecologia Aplicada do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP).

Aluna do Doutoramento em Ciências Farmacêuticas, a portuguesa ficará cerca de 70 dias no Brasil, em trabalho experimental visando o desenvolvimento de procedimento analítico para a determinação de formaldeído como adulterante do leite e avaliação da toxicidade de líquidos iônicos (ILs) frente a diferentes organismos.

“Esses dois assuntos são recentes e relevantes na área de Química. Os ILs foram propostos como extratores alternativos aos solventes orgânicos, com vantagens de serem ambientalmente mais amigáveis. A pesquisa é atual devido às frequentes adulterações de leite por formaldeído e aspectos ainda não esclarecidos quanto à ecotoxicidade dos ILs”, informou Fábio Rocha, professor que, em colaboração com a professora Regina Monteiro, irá orientar Susana durante o estágio.

Apesar de ser um composto orgânico tóxico, o formaldeído serve para inibir o crescimento de microrganismos, sendo muito usado como conservante em diversos produtos. É também frequente, na adulteração de leite, a adição de formaldeído para minimizar a contagem de bactérias e aumentar o tempo de conservação.

“Pretendemos extrair o formaldeído do leite usando líquidos iônicos e depois determinar os níveis do adulterante, confrontando com os valores aceitáveis. Também pretendemos avaliar a toxicidade dos ILs usados na extração, tema correlato ao de minha tese de doutoramento, voltada à avaliação da sua toxicidade em organismos existentes habitualmente no meio aquático. Os resultados desta pesquisa permitirão avaliar se, realmente, os ILs podem ser considerados solventes verdes, isto é, que não agridem o meio ambiente”, afirmou Susana.

“O que pretendo é compreender melhor seu impacto ao meio ambiente, visando aperfeiçoar suas aplicações e contribuir para a manipulação destes compostos quando liberados para o ambiente”, completou.

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