Pesquisadores participam do 5º Simpósio Científico do Cena

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Luiz Carlos Molion, Marcos Barbosa, Regina Monteiro e Carlos Cerri

Mudanças climáticas e aquecimento global foram debatidos nessa manhã

Um dos momentos mais aguardados do 5º Simpósio Científico do Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena/USP), que vem ocorrendo nesta semana em celebração aos 46 anos da instituição, comemorados em setembro, colocou frente a frente três importantes cientistas brasileiros, os quais divergem de um assunto bastante polêmico.

Na manhã de hoje (13), uma mesa redonda com o tema “Influência dos Sistemas Biológicos nas Mudanças Climáticas” reuniu os professores Marcos Barbosa Sanches (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe), Carlos Cerri (Cena/USP) e Luiz Carlos Baldicero Molion (Universidade Federal de Alagoas – Ufal).

Sanches apresentou um panorama do aquecimento global, enquanto Cerri abordou as consequências ambientais da atividade humana. Já Molion proferiu a palestra “Mitos e Verdades do Efeito Estufa”, pois é defensor da tese de que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar o aquecimento global.

Destinado a alunos de iniciação científica, pós-graduandos e profissionais da área, o auditório do Anfiteatro Admar Cervellini, no Cena/USP, ficou completamente lotado para assistir ao embate entre as personalidades, quando o cético Molion apresentou suas teorias e provocou um caloroso debate, já que Sanches e Cerri haviam se manifestado anteriormente. A professora Regina Monteiro foi mediadora da mesa redonda.

Físico e meteorologista, Molion afirmou que o efeito estufa nunca foi provado tecnicamente, devido à impossibilidade de se medi-lo. Sua tese sustenta que o aquecimento global e as mudanças climáticas existem, mas são causas naturais. “Não podemos confundir fenômenos com vulnerabilidade”, disse, convicto. “Oscilações naturais extremas sempre existiram, porém o clima varia por causas naturais”.

Pesquisador do Laboratório de Biogeoquímica Ambiental, do Cena/USP, instituição onde atua há 38 anos, Cerri disse que o aquecimento global não pode ser ignorado. “Há muitas pessoas envolvidas com esses estudos no mundo todo. Portanto, não podemos simplificar uma questão tão séria. A ciência é feita por verdades transitórias, mas é assim que o conhecimento avança”.

Com um clima pesado, o último a se manifestar foi Sanches. O professor do Inpe lembrou que há fatos que comprovam um momento de transição no globo terrestre. “Ações rápidas e de interferências naturais, como, por exemplo, os desmatamentos, podem afetar o meio ambiente. Devemos balizar nossos conhecimentos para tentarmos entender esses novos cenários, separando razão e suposições”, ponderou.

O 5º Simpósio Científico segue até amanhã (sexta, 14). A realização é da Associação dos Pós-Graduandos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (APG-Cena), com apoio da USP, Cena e APG-Esalq. Patrocínio: Fealq, Capes, Interprise, Life Technologies e Eppendorf. Mais informações e inscrições pelo site www.cena.usp.br/apg.

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