Vinhaça é usada para degradar poluentes da indústria têxtil

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Quinto maior produtor têxtil do mundo, só em 2010 o Brasil produziu 9,8 bilhões de peças de confecção. Ano passado, o setor faturou R$ 52 bilhões, sendo responsável por cerca de 3,5% do PIB brasileiro, segundo dados da Associação Brasileira de Indústrias Têxteis (ABIT).Com informações da  – 

Agência USP de NotíciasFonte:  Tablóide Verde – www.tabloideverde.com.br

 

O laboratório de Ecologia Aplicada do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da USP em Piracicaba, desenvolveu uma tecnologia para tratar poluentes da indústria têxtil usando enzimas da vinhaça. A substância é um dos resíduos da produção de álcool de cana-de-açúcar.

Para tratar os efluentes têxteis, é feita uma reciclagem de materiais orgânicos contidos na vinhaça. Depois de transformados em enzimas, esses materiais eliminam diversas substâncias poluentes da produção de tecidos e roupas.

As enzimas são um tipo especial de proteína que aceleram as reações químicas e são biodegradáveis, fazendo o tratamento ser limpo e ambientalmente correto.

Subproduto da produção de álcool de cana-de-açúcar, a vinhaça pode ser usada para degradar o corante índigo (o mais utilizado na indústria têxtil). Outra vantagem é que esse procedimento resulta no clareamento e na diminuição do odor do processo. “Nosso principal objetivo é um tratamento alternativo para a vinhaça, tornando-a água de reuso”, diz a professora Regina Teresa Rosim Monteiro, orientadora do estudo.

Segundo a professora, sistemas de tratamento de efluentes mal desenvolvidos, trazem sérios riscos à saúde humana e ao ambiente. “No laboratório de Ecologia Aplicada do Cena, trabalhamos em busca de processo de degradação da matéria orgânica, como a despoluição da água, por meio de processos biológicos”.