Pesquisadora do Cena participa de estudo com Terra Preta de Índio da Amazônia

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No campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, localizado no município de Iranduba (AM), estão sendo realizados estudos em solos caracterizados como Terra Preta de Índio, também chamada de Terra Preta Antropogênica, em uma atividade inédita envolvendo 14 instituições de pesquisa e universidades do Brasil e do exterior.

O Centro de Energia Nuclear da Agricultura (Cena/USP) participa deste trabalho de campo, sendo representado pela pesquisadora Siu Mui Tsai. “Fomos convidados a participar desse projeto trabalhando com nosso conhecimento e competência no que se refere aos aspectos da ação da microbiota do solo”, diz a professora do Laboratório de Biologia Celular e Molecular do Cena.

As Terras Pretas de Índio (TPI) são sítios arqueológicos encontrados principalmente na Amazônia, com origem relacionada a povos ancestrais pré-colombianos. Esses solos são caracterizados pelo grande acúmulo de matéria orgânica, com grande disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono, por isso são considerados os mais férteis do mundo, além de conservarem sua fertilidade por longo tempo.

“Este tipo de solo é completo, extremante autossustentável para a agricultura. A partir do estudo das terras pretas, está sendo possível desenvolver técnicas para reproduzir uma fertilidade semelhante a essa”, explica Tsai, informando ainda que, especificamente para o Cena, o estudo vem servindo para conhecimento nas áreas de química do solo, física do solo e microbiologia desses solos tropicais produzidas pelo povos indígenas da Amazônia.

As atividades no campo da Embrapa envolvem uma equipe de 40 pessoas, que estarão em atividades práticas e teóricas de prospecção pedológica (estudo dos solos) e arqueológica. Na pedologia, são estudados os solos em seu ambiente natural e na arqueologia, as culturas do passado a partir da análise de seus vestígios materiais.

Também participam do estudo pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Museu Paraense Emílio Goeldi, Esalq/USP, Universidade do Estado do Amazonas, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade de Wageningen (Holanda).

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